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A importância do pai na criação dos filhos

 

Decidido a mudar seu destino, um jovem sanfoneiro sai de casa e segue para cidade grande em busca de novos horizontes e para apagar uma tristeza amorosa. Lá, ele conhece uma bela mulher por quem se encanta. Após o nascimento do filho e complicações de saúde da esposa, ele decide voltar para a estrada para garantir o próprio sustento financeiro. Busca, assim, dar bons estudos e um futuro melhor para o herdeiro. Para isso, deixa o pequeno aos cuidados de amigos no Rio de Janeiro e sai pelo Brasil afora. Só não imaginava que essa distância entre eles faria crescer uma complicada relação, potencializada por personalidades fortes e um distanciamento doloroso. Baseada em conversas realizadas entre pai e filho, a história é narrada através de um diálogo intenso.

Esta é a sinopse do filme Gonzaga, de pai para filho. História do cantor Luiz Gonzaga, também conhecido como O Rei do Baião ou Gonzagão, e de seu filho, popularmente chamado de Gonzaguinha. O filme mostra de forma brilhante, não só a trajetória de sucesso dos artistas, mas uma relação paterna que foi destituída pela distância e falta de acolhimento e o sofrimento de uma criança que cresce sem a referência do pai e do herói. Discutir a posição da mãe e do pai nos convida a explorar a história e entender que houve uma ruptura na relação de homens e mulheres no que diz respeito aos papéis sociais, sexuais e familiares.

A maternidade já era uma realidade incontestável. A deusa-mãe relacionada à natureza (agricultura) reinou absoluta até o início da Idade do Bronze. As mulheres detinham, unicamente, o dom da fertilidade. Todo o cultivo do alimento, o crescimento da lavoura, era associado às mulheres. No Período Neolítico, como os homens caminhavam dias atrás de caça, atribuía a agricultura às mulheres. Desconhecia-se o vínculo entre sexo e fecundação, portanto, as mulheres assumem o poder sobre a vida e a morte. Os homens com o tempo perceberam que matar os animais para se alimentarem causava a diminuição destes animais e resolvem domesticá-los, abandonando assim a caça. Foi através da observação do homem nas ovelhas que ele descobre a contribuição do cordeiro na procriação. É diante desta revelação que o homem toma para si a concepção da vida através do sêmen e assim, diminui a importância da mulher, que por sua vez, perde a liberdade sexual. O filho é gerado com a participação dos dois sexos e assim surge o casal. O filho é para o homem a possibilidade de deixar sua herança e para tal, a mulher deveria ser controlada para ser fiel. Desta maneira o pai assegura-se que aquele filho é dele mesmo e a mulher uma propriedade.

O Patriarcado surge como uma organização social que enaltece a imagem do pai, que detém o poder da descendência, e que o parentesco esteja associado ao masculino. Os conceitos que sustentam o sistema patriarcal cria a mentalidade de superioridade e autoritarismo em relação a esposa e aos filhos no âmbito da família e da sociedade. A segregação familiar configura as funções de cada progenitor, em que a mãe vive para a família e os afazeres domésticos e o pai o mantedor, o provedor financeiro que sustenta a casa. O homem monopoliza a vida pública e sua posição hegemônica o distancia afetivamente da esposa e dos filhos. O papel controlador e soberano não dava margem para manifestações de afeto e nada poderia comprometer a figura de senhor e chefe.

Numa sociedade em que a dinâmica social sofre constantes transformações, torna-se necessária a revisão do papel do pai na estrutura familiar. O filme foi o estopim para esta reflexão. Entretanto, mais do que uma história retratada, o sofrimento de uma criança que cresce sem contato afetivo com o pai biológico deixou marcas cruciais na personalidade de Gonzaguinha. A discussão em torno da figura paterna é tão importante que o quadro do programa Fantástico, “Quem é meu pai”, mostrava a situação de jovens e adultos que cresceram sem conhecer e que não tinham sido registrados pelos pais biológicos, ocasionando um distanciamento conflitante e doloroso. As pessoas lutavam pelo registro, mas acima disso, o reconhecimento e a aceitação do pai.

A definição do psicólogo Guy Coreant é bem pontual – “o pai é o primeiro outro que a criança encontra fora do ventre da mãe” – em que a criança se sustentará nos preceitos da figura masculina. Segurança, sustentação emocional e aspectos morais e éticos. O pai é importante na vida do filho tanto quanto a mãe. Se antes essa relação era marcada por autoritarismo e ausência, hoje os pais estão transformando o seu papel e dimensionando suas funções com a participação ativa e estabelecendo vínculos sólidos e construtivos com os filhos, seja na gestação, no respaldo à mãe ou alicerçando a dinâmica familiar.


Síndrome Pós-Férias: Dicas para a readaptação dos filhos à escola

 

Vocês já ouviram falar de Síndrome Pós-férias? A famosa depressão pós-férias que assola as pessoas depois do período de descanso, tranquilidade e viagens. E olha que o termo assolar pode parecer forte, mas é uma realidade. A síndrome pós-férias afeta cerca de 15% dos adultos, mas também afeta entre 5 e 8% das crianças. Momentos de diversão e relaxamento são vividos cada vez mais com intensidade, pois, sabe-se que durante o ano as atribulações de casa, do trabalho, da escola, faculdade e todas as obrigações e responsabilidades da vida são desgastantes e cansativas.

As crianças são vítimas desta síndrome também, especialmente aquelas em que os pais também sofrem com sintomas da síndrome. Tristeza, apatia, queda de rendimento, falta de concentração, ansiedade, irritabilidade, angústia e falta de motivação são alguns destes sintomas que dificultam a adaptação à rotina. A persistência deste quadro pode provocar nas crianças problemas físicos, dores de cabeça, intestinal e insônia.

Para minimizar os malefícios desta síndrome é importante que os pais participem e respaldem os filhos, dando-lhes condições de realizar uma transição harmônica do descanso para as atividades do dia a dia. Esta transição deve ser gradativa e para isso é recomendável que uma semana antes de voltar para a escola a criança seja inserida em algumas mudanças em sua rotina, para que ela possa aos pouco ir se adaptando.

Estabeleça mudanças nos horários de dormir e acordar, se aproximando assim do horário da escola. Isso ajudará a criança a não ficar cansada logo no primeiro dia de aula. Revisar o conteúdo anterior ajuda a recordar aquilo que foi ensinado. Faça isso também estipulando um horário durante o dia. Assim, além da readaptação, a criança se sentirá mais segura diante do que foi aprendido.

Nada melhor do que o momento das compras do material escolar para reativar nos filhos a imagem da escola e posicioná-los para a realidade da vida escolar. Muito embora seja agradável as compras, os pais devem orientar sobre o que importante e o que seria supérfluo. Sem excessos, permitindo alguns desejos para que as crianças se sintam estimuladas. Um estojo de um time, o caderno ou a mochila do personagem predileto são alguns caprichos permitidos. Os pais devem levar os filhos para as compras com o intuito de readaptá-los à rotina, mas também para transmitirem responsabilidade, limites e fornecendo assim conceitos imprescindíveis sobre o preço das coisas e a valorização daquilo que é comprado. É importante a criança ter noções de valores, quantidades, qualidades e aos poucos terem contato com dinheiro. Com o material e uniforme comprado, convide a criança a encapar os livros, etiquetar e colocar o nome no material. Isso ajuda a diminuir a ansiedade.

Falar com os amigos da escola favorece a autoestima. Incentive o filho a ligar para os amigos e marcar encontros para que eles possam brincar e assim, minimizar os efeitos do reencontro com outras crianças.

Aos pais, adotem sempre uma postura positiva quanto à escola e incentive o filho aos benefícios da rotina escolar. Não deixem com que as crianças se entreguem à melancolia da síndrome pós-férias e reforcem um discurso alegre e assim, se sentirem felizes por mais um ano que se inicia.


Filhos: Até que ponto os pais devem ser superprotetores?

 

O exagero e o excesso de cuidados e zelo podem ocasionar problemas emocionais à criança.

 

Cuidar do filho, participar da vida dele, dialogar e orientar as questões que envolvem seu desenvolvimento psíquico e cognitivo, direcionar atitudes e comportamentos da criança, permitindo a livre escolha e alicerçando a autonomia do filho é um importante papel e dever dos pais. Mas o exagero e o excesso de cuidados e zelo podem ocasionar problemas emocionais à criança.

O aumento da violência, das drogas que cada vez mais cedo são apresentados aos jovens e das denúncias e crimes ligados a abusos sexuais vêm gerando um conflito interno aos pais. Ao mesmo tempo em que se deve proteger os filhos, os pais enfraquecem-se diante do medo e se deparam com as exigências intensas dos próprios filhos, que possuem necessidades específicas e estão inseridos em um momento tecnológico e imediatista, o que faz com que mães e pais adotem atitudes desesperadoras, em que a educação do filho passa a ser sufocante, ou então, sucumbem à estas pressões. O que se observa é que muitos pais sentem-se ameaçados e não conseguem assumir seu papel social e afetivo levando-os a transferir a educação dos filhos para tutores, parentes próximos e à escola. A escola, por exemplo, ensina, mas a educação, aquela que vem de “berço” é condição primordial dos pais.

Aos pais mais excessivos e ansiosos, uma maneira de contornar este conflito é aprisionar os filhos a eles, equipando as crianças com celulares, laptops, tablets, todos antenados e acessíveis apenas ao toque de um botão. Utensílios que diminui a independência e autonomia das crianças deixando-as medrosas e enclausuradas a proteção exacerbada dos pais. Outro excesso dos pais, e muito comum é quando a criança começa a andar e os pais ficam à sombra da criança para que ela não se machuque. Mas o ato de andar acontece através de tentativas e erros e assim deve ser o desenvolvimento psicomotos da criança, que vai cair e que vai insistir, até conseguir se equilibrar. Muito embora os pais se preocupem, deve-se dar vazão ao aprendizado espontâneo da criança que se constrói através da frustração que precede a recompensa.

Donald Woods Winnicott, famoso pediatra e psicanalista inglês, afirmava que todo individuo humano possui uma tendência inata para o amadurecimento e para tal, passa por algumas fases, são elas: a dependência absoluta, a fase de onipotência e a fase rumo à independência. Inicialmente mãe e bebê formam uma unidade, ou seja, vivem uma relação simbiótica, o que faz com que a mãe crie também um estado de dependência. É ai que entra a mãe suficientemente boa, que reconhece as necessidades da criança. Mas o estado de onipotência da criança é importante para a constituição de sua subjetividade e a transição para a independência, que culminará numa autonomia que é a aceitação do universo externo, não se limitando a mãe. Esta mãe deve desenvolver uma aceitação de sua frustração e desmistificar a ilusão de ter o filho pra si. Este fracasso materno é imprescindível para estabelecer papéis. O pai tem um papel primordial. Antes relegado apenas ao posto de provedor, hoje, já com uma nova configuração e assumindo outro papel. Enquanto que a mãe amamenta o filho, o pai deve amamentar a mãe. Apoiar e participar das decisões quanto à educação do filho. Sustentar os anseios do casal, evidenciando as dificuldades e procurando diminuí-las, além de promover o diálogo conjugal. O casal precisa se ajudar mutuamente, sem rivalidades e disputas. O pai será um interventor, quando for requisitado isso dele, dizendo não para a criança e para a mãe e sua omissão desorganiza a dinâmica desta família. O pai se sensibiliza e se mobiliza junto à esposa. É retrógrado o conceito de um pai como nos moldes de um sistema patriarcal, autoritário e impositivo.

A participação responsável dos pais será crucial para o desenvolvimento de capacidades no filho, da mesma forma que o exagero, excessos e omissões serão igualmente destrutivos a este desenvolvimento. Não existe uma medida certa, mas existe coerência e bom senso. Os pais devem “falar a mesma língua” para que ambos se sintam integrados a esta família. Questionamentos, dúvidas e culpa são sentimentos inevitáveis, mas construtivos e base para o crescimento pessoal.


5 dicas para manter o coração do seu filho(a) sempre saudável

Ao contrário do que muita gente pensa, o coração dos pequenos também precisa de cuidados.

 

Além do Dia do Professor, hoje é comemorado o Dia da Prevenção das Doenças do Coração. E as crianças, diferente do que muitos pensam,também estão propensas a essas doenças. Confira algumas dicas que o Nosso Clubinho selecionou para que o coração do seu filho(a) esteja sempre saudável:

1) Alimentação – Uma alimentação balanceada é fundamental para um coração saudável. Doces, salgadinhos e demais gostosuras devem representar menos de 20% do total de calorias consumidas por dia pela criançada.

2) Peso – Cuide bem do peso dos pequenos. Crianças obesas estão mais propensas a doenças cardiovasculares. Os pais devem estar consciente que a criança “fofinha” não é sinônimo de beleza e, sim, de problemas sérios de saúde.

3) Sono – O sono irregular, um costume muito comum nos dias de hoje, leva à obesidade e, em consequência, ao aumento da pressão arterial. A boa qualidade do sono deve ser sagrada.

4) Exercícios – Os exercícios regulares ajudam manter o coração saudável. Matricule seu filho em alguma atividade ao qual lhe de prazer, como futebol e ballet.

5) Visite o médico – Leve seu pequeno uma vez ao ano pediatra para um check-up, mesmo que ele esteja saudável, pois os sintomas podem não ser notáveis. Ele irá verificar se ele está realmente saudável.


Bebê a caminho: Dicas para lidar com o conflito do irmão mais velho

É natural muitas crianças sentirem-se enciumadas com o surgimento de um irmãozinho.

 

Ele fica só de olho. Só observa e percebe que algo está diferente. A barriga da mamãe está crescendo, ou seja, prenúncio de que algo vai acontecer.

É natural muitas crianças sentirem-se enciumadas com o surgimento de um irmãozinho. Afinal, para a criança, que até então recebia toda a atenção dos pais, a vinda de outra rompe a exclusividade. O ciúme é alicerçado por questões de perdas, pois a criança possui a fantasia de que vai perder os pais para o irmão, portanto, outro sentimento é despertado: a rivalidade. O irmão mais velho sente-se inseguro e amedrontado com a possibilidade de perder terreno para aquele que está vindo. Para se defender, cria situações para manter e reter o amor dos pais.

A criança nesse período é invadida por fantasias, emoções e sensações de ameaça, levando-a a reações agressivas e comportamentos regressivos, como o descontrole do xixi e do cocô, birras, retorno ao uso da chupeta ou da mamadeira e desobediência. Tudo para chamar a atenção dos pais. Essas manifestações são consequência do bebê que está na barriga da mãe e denunciam o sofrimento da angústia vivida pela criança. O sentimento de abandono a domina, pois ela não tem recursos internos para lidar com essas sensações. Diante disso, os pais serão os interlocutores entre o filho e o irmãozinho que se anuncia. Paciência, acolhimento e muita conversa serão fundamentais para diminuir a dor da criança e facilitar sua adaptação e aceitação ao bebê.

É muito importante a mãe conversar sobre o bebê que está na barriga, indicando que ele é o irmão e será o companheiro do filho mais velho. Ao dizer que o bebê é pequeno, demonstre que ele é frágil e que, por isso, ela precisará muito da ajuda do filho mais velho até que este bebê cresça. A mãe deve aproximar os irmãos. Incentive-o a tocar, pegar no colo e fazer carinho no irmãozinho. É aconselhável que a mãe permita a participação do filho mais velho nos cuidados do irmão, ajudando com pequenas tarefas e parabenizando-o pela atitude. Dessa forma, a criança irá sentir-se mais valorizada, além de se desenvolver emocionalmente, internalizando conceitos de colaboração e cuidados.

Demonstre o mesmo amor e carinho ao filho mais velho, dizendo isso diretamente a ele, sem exageros ou excessos. As mães não devem culpar-se por dar mais atenção ao caçula. Afinal, são inúmeras trocas de fralda, amamentação e banhos. Para conciliar os cuidados necessários ao recém-nascido e o filho mais velho, aproveite os intervalos e converse com a criança, enaltecendo que eles serão muito amigos e companheiros. Salientar o convívio harmonioso entre os dois irmãos fará com que o mais velho fique cada vez mais propenso a receber em sua vida o irmão. Em situações conflituosas e momentos mais tensos, procure dar espaço para que a criança se expresse livremente, dando condições para que ela fale sobre seus medos. Acolha sempre a angústia do filho e procure apoiá-lo.

A chegada de um filho muda a rotina da família e com a vinda do segundo, a rotina que foi adaptada numa primeira situação sofrerá uma nova mudança, principalmente no que diz a respeito ao filho mais velho. Mudança de quarto, o início na escolinha, tudo isso irá afetá-lo. Para minimizar estes efeitos aconselha-se aos pais se planejarem com antecedência. Antever estas adaptações ajudará a criança na transição do desenvolvimento pessoal e na relação dela com o irmão caçula.

A chegada do irmãozinho deve ser uma etapa de transformações saudáveis e construtivas para o mais velho. É o convívio que contribuirá para que ele reconheça o outro e se socialize. O crescimento afetivo e cognitivo passa pela aceitação do outro e das diferenças, sem apoiar-se na inveja ou rivalidade.


Dever de casa: Os pais devem ajudar os filhos na realização das tarefas

Por Fernanda Freitas Barbosa

Durante muitos anos, os pais lutaram para que seus filhos tivessem acesso à educação. Uma pesquisa divulgada, em setembro de 2008, pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OIA) e a Fundação Santa Maria, com professores de 19 estados brasileiros, revelou que os pais estão ausentes na educação dos filhos. A pesquisa intitulada “Qualidade da Educação sob o Olhar dos Professores”, entrevistou mais de oito mil docentes da educação básica, educação infantil e do ensino fundamental e médio, da rede pública e privada. Para a maioria deles (92,5%), a família é o principal fator que influencia a educação. Esses mesmos professores (91,7% do total de entrevistados) consideram que os pais estão delegando cada vez mais suas responsabilidades para a escola e para os professores.

É de suma importância a participação da família na escola, pois a relação entre a comunidade e a escola fica mais próxima, há uma confiança mútua entre as duas instituições e o aluno passa a se interessar mais pela escola, além de ter um melhor rendimento. É de conhecimento de todos que o acompanhamento familiar na tarefa escolar dos filhos vem sendo prejudicada a partir do momento em que a mãe também começou a trabalhar fora, mas para tudo devemos nos adaptar e aprender a administrar nosso tempo.

A tarefa é um reforço dos conteúdos trabalhados, um momento de reflexão sobre o aprendizado. Mas como podemos ajudar efetivamente nossos filhos?

A lição de casa possibilita à família compartilhar parte dos conhecimentos que seus filhos constroem ao longo dos trabalhos. Demonstrar interesse na vida escolar da criança marca, na formação do estudante, a importância que a família atribui aos estudos.

Os pais devem acompanhar a realização das tarefas de casa no momento da execução das mesmas, ou reservar um tempo diário ou semanal para o seguinte:

  1. Verificar se a tarefa foi feita, ou não, reforçando a atitude de cumprimento de responsabilidade;
  2. Observar se está bem feita ou faltou empenho (capricho, organização, limpeza);
  3. Elogiar, motivar e estimular seu esforço e realização, conversando sobre acertos e erros.

Boa lição! Participar da vida escolar do seu filho é seu dever, assim como estudar é a responsabilidade dele!


Sete dicas para os pais ajudarem na alfabetização das crianças

Veja como você pode ajudar na alfabetização dos seus filhos.

Por Fernanda Freitas Barbosa

Com as novas tecnologias e seus grandes atrativos, a educação tem muito a ganhar. Sabemos que o momento da alfabetização é o reflexo de uma longa caminhada e maturação da criança. Atualmente, nossos pequenos apresentam interesse por letras e números reconhecendo-os naturalmente em seu cotidiano. Desenhos, jogos e atividades sociais estão cada vez mais recheadas de desafios e nós devemos estar preparados para auxiliar e promover o prazer do aprendizado nas nossas crianças.

Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral.

É interessante adotar alguns procedimentos para que as crianças não só identifiquem as letras e palavras, mas também tenham consciência da importância da leitura para suas vidas:

  1. Manuseie junto ao seu filho calendários, listas telefônicas, receitas, rótulos, embalagens, remédios para que assim a criança possa entender a importância da escrita e da leitura mostrando que podemos solucionar problemas e resolver questões cotidianas a partir da leitura do mundo.
  2. Deixar o ambiente do lar mais alfabetizador, deixando bilhetes espalhados pela casa, utilizando na geladeira imãs com letras, e, ao iniciar um novo jogo convidar seu filho pra ler as regras juntos, entre outras experiências cotidianas.
  3. Estimular a leitura gestáltica – a leitura começa pela leitura da palavra como uma imagem, como um todo, pelas cores, tipo de letra, etc. As crianças fazem este tipo de leitura quando reconhecem o Mc Donald’s, a Coca Cola, etc. Estimular a leitura gestáltica favorece o contato com a língua escrita. Isto pode ser feito no supermercado, em casa, na rua, nos outdoors, etc, como uma brincadeira lendo para ela os nomes e pedindo que ela “leia” também. Muitas vezes esta “leitura” se dará pelo uso do produto ou por uma “adivinhação”.
  4. Preparar receitas com a ajuda do nosso pequeno leitor.
  5. Produzir convites de aniversário junto a criança.
  6. Deixar que os pequenos ajudem na lista de compras.
  7. Ler histórias, revistas e jornais juntos.

Cabe esclarecer que o conceito de ambiente alfabetizador foi apresentado e pesquisado por Emília Ferreiro e Ana Teberosky, no livro A Psicogênese da Língua Escrita. Com as pesquisas que se seguiram, entendeu-se que um ambiente alfabetizador não somente é aquele que contém material escrito, mas aquele em que diversos gêneros textuais estão presentes e sendo usados dentro de uma função comunicativa, ou seja, o uso tem de ser efetivo, não apenas espalhar bilhetes, mas utilizar nossos materiais cotidianos e rotineiros, para apresentar e promover a importância da literatura.
Aos pais, bom trabalho, paciência e respeito ao tempo das crianças!


Entendendo o Bullying

Bullying é um termo inglês originário de bully, que significa “valentão” ou “tiranete” que, especificamente, é aquele que abusa de sua autoridade ou posição para oprimir os que dele dependem. O termo bullying designa os atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Este comportamento agressivo possui uma forma direta como apelidos, xingamentos,roubos e gestos ofensivos. A forma indireta está relacionada com difamações, isolamento e indiferença, ou seja, quando a vítima está ausente.

Saber identificar o bullying é importante. Nem todo machucado ou arranhão é sinal de que a criança esteja sofrendo agressões. É sabido que os meninos, principalmente, possuem brincadeiras um pouco mais ríspidas. Natural. As crianças disputam brinquedos e depois que passa o conflito, brincam juntas novamente. Para se caracterizar o bullying as agressões devem ser frequentes, ou seja, repetidas e intencionais. A criança passa por situações que causam dor ou sofrimento todos os dias. Se há desequilíbrio de poder é bullying. Se existe uma diferença de dois anos é preciso intervir. Outros sinais que podem denunciar o bullying são quando a criança começa a dar muitas desculpas para não ir á escola. Chora, fica ansiosa e agitada instantes antes de ir para a escola. Se a criança tinha um bom rendimento escolar e, subitamente, este aproveitamento declina, é necessário averiguar o porquê disso.

Uma vez identificado, os pais devem procurar a escola imediatamente para interromper as agressões. É importanteidentificar e atuar diretamente com as crianças envolvidas. Se a escola nãoatuar, cabe aos pais procurarem o Conselho Tutelar para medidas diretas de proteção à vítima. Aos pais, o importante é conversar com o filho e deixar claro que a culpa não é dele. A criança deve sentir-se acolhida e confortável com o apoio dos pais.

A escola deve propiciar um espaço de confraternização, respeito e diálogo. Trabalhar questões de cidadania e valores são importantes para conscientizar os alunos sobre direitos e deveres. A prevenção é sempre a melhor maneira de encarar o problema do bullying, que muitas vezes é silencioso. Quanto mais cedo for identificado, mais eficazesserão os métodos de intervenção contra o ciclo conflituoso. A escola deve ainda convocar uma reunião com os pais dos alunos envolvidos. O trabalho deve serfeito junto à família, pois o envolvimento dos pais é importante para estabelecer uma parceria entre a família e a instituição. Os pais devem serexemplos para os filhos e devem participar da vida deles.

O professor possui um papel primordial para o combate ao bullying, pois, além de identificar autores, espectadores e alvos, deve intervir imediatamente numa situação de agressões gratuitas e propositivas entre os alunos. Este posicionamento do professor é de respeito e, portanto, exemplar. Muitas vezes, se colocar no lugar da vítima é uma maneira satisfatória para distinguir a brincadeira inocente e a brincadeira agressiva. O professor deve comunicar o ocorrido à direção.

Atividades que estimulam a solidariedade e a cooperação são os instrumentos que o professor deve se valer neste momento de conflito. Conversar com a sala de forma clara e direta sobre a importância de respeitar o colega. O trabalho didático deve proporcionar uma discussão sobre as diferenças, logo, trabalhando a tolerância.

As consequências do bullying para a criança, num primeiro momento são baixa estima choros frequentes, agitação e ansiedade, principalmente se estes comportamentos aparecerem um pouco antes da criança ir para a escola, medos inexplicáveis, insônia, falta de apetite ouapetite voraz e urinar na cama. Num segundo momento a criança apresenta stress, dores de cabeça e pode apresentar um comportamento melancólico, ou seja, isolamento. A criança não brinca mais como antes, se afasta dos amigos e fica em casa, evitando sair. Dificuldade de concentração e baixo rendimento escolar, dificuldades de relacionamento e mudanças constantes de humor são agravantes que acompanham o estado emocional desta criança. Num momento mais acentuado do bullying, esta criança pode apresentar síndrome do pânico, automutilação, como arrancar o cabelo, se furar ou se cortar, depressão e até suicídio. A psicoterapia é aconselhável em casos mais graves do bullying, em que é nítido um comprometimento e embotamento emocional. O trabalho psicoterápico é dar vazão ao conflito e a tensão sofrida pela criança, trabalhando o trauma e fornecer recursos para a criança superar as frustrações. Em casos mais extremos do problema, a psicoterapia deve resignificar as emoções negativas e destrutivas, afim de restabelecer a afetivamente, a serenidade e a espontaneidade da criança.